Osumarê

 

OXUMARÊ

   

Oxumarê  é o Arco Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamando carinhosamente de “ o banqueiro dos Orixás”. É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro.

O homem, que vive atrás do dinheiro, que trabalha para ganhar seu sustento, não pode imaginas, às vezes, que tem esta força da Natureza diariamente ao seu lado. Oxumarê  esta presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro.

Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento de contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro.

Oxumarê é o perde/ganha do homem. É a felicidade de receber uma quantia e a tristeza de perder outra. É o elemento das grandes negociações, da aposta. Seu encanto está no tilintar das moedas.

É também o Orixá das prosperidades, da fartura, da abundância. É por isso que aqueles regidos por Oxumarê sempre estão bem e vida. Para eles o dinheiro não e problema. Gastam e ganham demais e estão sempre com os bolsos cheios.

Oxumarê é aquele que sabe fazer negócios. Quando se vai fechar um contrato, fazer uma compra, uma proposta, vender algo invocamos Oxumarê para nos orientar, pois ele é o Orixá que sabe negociar. É ele que sabe pechinchar, tratar, comprar e vender.

Oxumarê também é a beleza das cores. É o arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno  que vai gerar o colorido do céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.

 

Mitologia

Irmão gêmeo de Ewá e tendo com irmãos mais velhos Ossãe e Obaluaê  - todos filhos de Nana – Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteligência  e capacidade.

Um dia, viu-se frente à frente com Olokun pai de Iemanjá, que perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes, preciosas.

Oxumarê pensou, pensou e respondeu ao Senhor do oceano:

- Meu rei, se quer as pedras preciosas, é preciso que faça um investimento e me dê seis mil búzios (moeda corrente na África antiga).

Respondeu Olokun

- Eu lhe dou!

E Oxumarê  apontou  para a própria casa de Olokun, o mar, explicando-lhe que nas partes rasas poderia encontrar o que procura. As pedras, nos pontos mais rasos do mar, brilhavam com a luz do sol.

Olokun ficou tão feliz que, além do pagamento dos seis mil búzios, ainda deu a Oxumarê a capacidade de transformar-se em serpente e poder, com a ponta do rabo, tocar a terra e com a cabeça tocar o céu.

Com tal poder, Oxumarê transformou-se em serpente, esticou-se até a terá de Olorun, no céu e com os seus mil búzios falou ao Criador:

- Pai, cheguei até o Senhor. Tive que esticar-me demais, para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo o que tem.

E Olorun dobrou o número de búzios – de seis para doze mil.

Daí para frente, Oxumarê passou a ser consultado sobre os grandes negócios  dos Orixás. Principalmente Xangô, que fez dele seu consultor, seus grande conselheiro, aumentando sua riqueza de deus do trovão, ao mesmo tempo em que a  do próprio Oxumarê.

E este poder de se transformar em serpente e ir até o céu, originou uma saudação em forma de Orikí, muito bonito, que diz:

- Oxumarê ego bejirin fonná diwó.

“O Arco-íris  que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho.”

Dados

Dia: terça-feira;

Data: 24 de Agosto;

Metal: ouro e prata mesclado;

Cor: amarelo mesclado com verde ou amarelo pintado com preto;

Partes do corpo: espinha dorsal, sistema nervoso e sistema neurovegetativo.

Comida: ovos cozidos com azeite de dendê, farinha de milho e camarão seco;

Arquétipo: desconfiados e traídos, observadores, pessoas que desejam ser ricas, pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem  sacrifícios para atingir seus objetivos. Com sucesso tornam-se facilmente orgulhosos e pomposos, gostam de demonstrar sua grandeza recente, mas estendem a mão em socorro quando alguém precisa.

Símbolos:

 

duas serpentes de ferro